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Minas Gerais - A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulga os resultados da primeira Pesquisa de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA) de 2022. A pesquisa, que é realizada duas vezes ao ano (em janeiro e outubro) com comunidades mineiras , faz parte da estratégia de vigilância e controle do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.
De acordo com o levantamento, 233 comunidades em Minas Gerais (27,3%) têm taxa de infestação de pelo menos 4 e, portanto, estão em risco. Outros 344 (40,3%) estão em alerta e 205 (24%) são classificados como satisfatórios, ou seja, H. a taxa de infestação é inferior a 1. Nesta edição do estudo, 71 comunas (8,3%) não realizaram a LIRA.
Segundo a coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, a pesquisa é importante porque, a partir dos resultados, o município pode otimizar e direcionar as ações de controle de vetor, delimitar áreas de maior risco, avaliar metodologias de controle e contribuir para as atividades de comunicação e mobilização por meio de ampla divulgação dos resultados dos índices.
“Em casos de municípios mais críticos, existe, ainda, o apoio da Força Estadual em todos os eixos envolvidos, como assistência, laboratório, controle de vetor, comunicação e mobilização, vigilância epidemiológica e gestão”, pontua Danielle.Roberta Carvalho, referência técnica da Coordenação Estadual de Arboviroses da SES-MG, esclarece que com o LIRA é possível identificar até mesmo os recipientes onde o mosquito se reproduz, como. B. pratinhos embaixo dos vasos de plantas, pneus velhos e garrafas expostas, e quais áreas específicas da comunidade estão em risco. Embora o órgão não considere esse levantamento apenas para avaliar a situação epidemiológica dos estados em relação à dengue, Zika e Chikungunya, os dados apresentados pelo LIRA podem ser vistos como um indicador de alerta de locais com maior probabilidade de aumento no número de casos, explica. Roberta.
Ações contra a Dengue
Dentre as ações de rotina, Danielle Capistrano destaca o monitoramento semanal de casos, a elaboração de boletim epidemiológico e o planejamento de solicitação de inseticida ao Ministério da Saúde, para envio aos municípios. “Além dessas medidas, também são realizadas reuniões mensais com as Unidades Regionais de Saúde para discutir e orientar sobre medidas de prevenção e controle das arboviroses”, pontua a coordenadora.
A coordenadora da SES-MG reforça que, como o vetor de transmissão circula o ano inteiro, o monitoramento e o controle ocorrem de forma contínua no estado e foram mantidos inclusive durante a pandemia da covid-19.
“No contexto da pandemia, as ações foram adaptadas com o objetivo de reforçar os cuidados recomendados pela Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde”, afirma.Recursos
Para fomentar as estratégias dos municípios mineiros que possam evitar a proliferação do mosquito e qualificar as redes de atendimento, a SES-MG repassou em dezembro R$ 40 milhões aos Fundos Municipais de Saúde visando o período sazonal deste ano. Os valores destinados a cada um dos municípios estão relacionados na Resolução SES-MG 7.733/2021.
Cenário epidemiológico da dengue no estado de Minas Gerais
Segundo o último Boletim de Monitoramento de Arboviroses, com atualização referente a 30/3, Minas Gerais registrou 16.940 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue em 2022. Desse total, 7.220 casos foram confirmados. Cinco óbitos foram confirmados pela doença em Minas Gerais e outros 13 óbitos são investigados, até o momento.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 1.314 casos prováveis da doença, dos quais 247 foram confirmados.
Quanto ao vírus zika, foram registrados 28 casos prováveis, sendo 2 confirmados. Não há óbitos por zika em Minas Gerais até o momento.
Danielle Capistrano destaca que as primeiras Semanas Epidemiológicas de 2022 não apresentaram um número de casos muito elevado. Esse fator, contudo, não exclui o risco de ainda termos uma epidemia neste período sazonal que se iniciou em dezembro de 2021 e vai até junho de 2022. "Por isso é fundamental manter os cuidados para eliminar os focos do mosquito”, conclui.
Como combater o mosquito do Aedes Aegypti
- Mantenha lixeiras sempre tampadas;
- Quintal sem lixo e entulhos; garrafas e baldes de cabeça para baixo;
- Reservatórios de água do ar-condicionado, geladeira e umidificador secos e vazios;
- Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- Não use pratinhos que acumulam água para vasos de planta;
- Potes para água de animais devem ser limpos com bucha ou escova;
- Mantenha limpos os ralos, canaletas e calhas;
- Realize manutenção periódica de piscinas e caixas d’água;
- Coloque plantas que acumulam água em local coberto;
- Deixe lonas bem esticadas, evitando formação de poças d’água;
- Não utilize garrafas pet com gotejador em plantas que tenham aberturas que o mosquito possa entrar para colocar ovos.
Com informações da secretaria de saúde do estado de Minas Gerais. Foto do site PixaBay.