Você lerá este artigo no máximo em 1 minutos
Brasil - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) disponibilizou as primeiras doses da vacina da marca Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19, produzida inteiramente no Brasil. Com isso, a fabricação do imunizante não dependerá de insumos de outros países. A Fiocruz entregou um lote de 550 mil doses ao Ministério da Saúde, que faz parte do contrato firmado entre as duas instituições, que prevê a disponibilização de 105 milhões de doses. Desse total, 45 milhões devem ser fabricados 100% no Brasil.
O embarque das primeiras doses foi marcado por um ato simbólico na porta do Ministério da Saúde, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, qualificou a data como "notável" para o Brasil por representar a libertação da dependência externa.
É um grande salto para o nosso país. Isso representa um grande compromisso de fortalecimento do complexo industrial da saúde, que é indissociável, para um país que há 30 anos investiu na construção do maior sistema de acesso gratuito e universal do mundo”, disse Queiroga.
A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, descreveu o episódio como um "marco da autossuficiência brasileira", que destaca as ações do Estado brasileiro e do Sistema Único de Saúde no combate à pandemia.
“Ter realizado uma transferência de tecnologia dessa magnitude em tão pouco tempo para responder a uma emergência sanitária só reafirma o papel estratégico de instituições públicas como a Fiocruz para o desenvolvimento do país e garantia de acesso equitativo a um bem público”, disse Trindade.
Transferência da tecnologia
O processo de fabricação da vacina 100% no Brasil fez parte do acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz e o consórcio Oxford/AstraZeneca. O negócio começou no ano passado quando a fundação ficou responsável pelo acabamento e enchimento da vacina, mas sempre com o insumo farmacêutico ativo (IFA) da China.
Com a transferência de tecnologia, a Fiocruz ganhou conhecimento para começar a produzir o API em solo nacional. O desenvolvimento começou no ano passado. Também foi necessário obter as autorizações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O que achou da matéria sobre a vacina 100% brasileira? Compartilhe nas redes sociais com seus amigos e debata sobre o assunto. É importante que assuntos relevantes como este, que afetam toda a população, sejam debatidos e argumentados.
Reportagem com informações da Agência Brasil com fotografia de divulgação.