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SUS - Este próximo sábado (16/10) é o Dia D de campanha de multivacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Na data, a mobilização junto aos municípios é para a abertura extraordinária dos postos para atualizar a caderneta de vacinação desse público. Os horários e postos abertos variam de cidade para cidade.
A estratégia tem por objetivo colocar em dia doses que estejam em atraso. A pandemia de covid-19 acentuou em 2020 a queda na procura por essas vacinas de rotina, conforme dados da Secretaria da Saúde (SES). Isso aumenta a chance de que algumas doenças consideradas erradicadas possam voltar a circular ou aquelas que vinham com baixos índices aumentem.
A campanha iniciou em 1º de outubro e irá até o dia 29 deste mês. Ao todo, o calendário de vacinação prevê 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos. Mais de dois milhões de pessoas no Estado fazem parte desse grupo de menores de 15 anos.
A queda nos índices de vacinação
“Na medida em que as doenças passam a não circular mais, justamente porque se mantiveram elevadas coberturas vacinais, principalmente a partir dos anos 2000, muitas doenças tornaram-se desconhecidas, fazendo com que algumas pessoas não tenham noção do perigo representado por elas”, explica a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
Tani destaca que houve ainda um agravamento desse quadro em virtude da pandemia de covid-19 e que o atual momento enfrentado reforça ainda mais a importância da vacinação em dia. “Com o retorno gradativo à rotina, as crianças estão voltando a frequentar as escolinhas e as doenças podem reaparecer também, já que os vírus podem circular em função das baixas coberturas vacinais desse público”, explica.
Índices baixos de vacinação aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus, hepatites A e B, entre outras.
Considerando dez das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação de atingir ao menos 95% do público da idade preconizada nos últimos quatro anos, sendo que em 2020 nenhuma ficou acima dos 90%. Os dados de 2021 ainda são parciais, pois essas vacinas de rotina têm um prazo de até seis meses para que o município registre as aplicações no sistema do Programa Nacional de Imunizações.
Apesar da vacinação da COVID-19 estar em alta, outras vacinas são importantes para a prevenção de doenças já conhecidas. Como já eram antes da pandemia. É importante que as crianças e adolescentes estejam em dia com a vacinação.
Com informações da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.
Foto: Divulgação SUS.